terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Rio de Paes

É definitvamente impossível para mim não falar de política em épocas de eleição para o preenchimento das vagas na prefeitura e na câmara. 
Política nunca foi o meu tema preferido e, pra falar a verdade, não entendo muito do assunto. Mas falando como eleitor, leigamente a exemplo da maioria, sabemos identificar as problemáticas da região e pontuar o que está sendo ou deixando de ser feito, para melhorar a cidade.Como todos, tenho as minha preferências. Em 2008 por exemplo, cheguei a fazer campanha nas redes sociais em favor do candidato Fernando Gabeira. Aliás, foi uma movimentação bem grande nesse sentido por parte dos mais jovens. No final das contas, conseguimos  fazer com que o percentual entre Gabeira e Eduardo Paes fosse bem pequeno. Mostramos nossa força. Eduardo Paes venceu e assim, começamos a analisar sua gestão. Não dá para negar que algo considerável foi feito, afinal, em parceria com os governos do estado e federal, trouxemos a Copa do Mundo e as Olimpíadas para a Cidade Maravilhosa. Várias obras foram iniciadas visando melhorar o trânsito e a infraestrutura da cidade. Bons exemplo são a Transcarioca, o projeto Porto Maravilha, a extensão da linha 4 do Metrô. Na segurança, várias UPP's foram instaladas e na saúde, diversas UPA's e Clínicas da Família inauguradas. O problema nisso tudo é que essas "poucas" ações maquiam o que acontece de ruim na cidade. As UPP's não inibiram a violência. Até mesmo nas favelas onde as unidades estão instaladas, muita coisa acontece. Os PMs mal remunedados tratam os moradores como lixo, o tráfico aos poucos vai retomando seu espaço e não me espantaria se esses mesmos policiais "mudassem de lado", restaurando a máfia dos milicianos (algo que, quem tem boa memória, vai lembrar do Sr. Eduardo Paes defendendo em Rede Nacional). O trânsito está cada vez pior. As obras mal planejadas atrapalham o andamento dos veículos. Pontos chave como a Barra da Tijuca, o Centro e a Ilha do Governador ficam intransitáveis em determinada hora do dia. Tal estresse faz com que o carioca recorra aos transportes públicos mas, para espanto dos mesmos, o estresse só aumenta. A começar pelo preço das passagens (seja ônibus, barca, metrô ou trem). Após embarcar pagando essa "fortuna", começa a segunda parte do sofrimento: a superlotação. Nos ônibus eu não consigo mais ver solução. Quanto mais caro é, menor fica o carro, mais cheio eles viajam e piores são os motoristas. O trem cai aos pedaços e os funcionários da Supervia mais parecem animais. O Metrô é superlotado e, quando acenam com uma solução, como é o caso dos novos trens chineses, a coisa piora. Os vagões têm menos lugares pra sentar e menos lugares para se segurar. Como é que a gente faz, Sr. Prefeito? A Barca teve um aumento absurdo de uma hora para a outra. Mas melhora ninguém viu. Os pedágios aumentam, a comida aumenta, a água, a luz, o telefone, o gás... tudo aumenta.É impressão minha ou nos últimos 6 ou 8 anos, ficou muito mais caro viver no Rio e Janeiro?Como um trabalhador que "rala" o dia inteiro, pode custear seu transporte, suas contas, suas compras ganhando 622 reais por mês? Isso sem desconto ainda né?
E a saúde pública? É muito fácil chegar na tv e dizer que criou 300 UPAs e 450 Clinicas da Família. Mas e os médicos? E os enfermeiros? E o salário desses pobres coitados? Tem gente que fala mal dos profissionais da saúde, mas não procuram saber porque essas pessoas trabalham de má vontade(quando trabalham). Cada vez mais gente morre nas filas por não ter condições de pagar um plano de saúde e ter que contar com hospital público. Chega a dar vergonha de morar aqui as vezes. 
Não gosto de querer influenciar ninguém. Não conheço direito os novos candidatos do ano de 2012. Mas eu acho que mudar pode ser uma boa tentativa. Ouço falar muito bem do Sr. Marcelo Freixo. A começar pela sua batalha contra os milicianos, pondo em risco a própria vida para isso. Não, eu não sei em quem votarei ainda. Mas estou propondo a vocês uma análise, sem compromisso, do que está acontecendo por aqui.
Sintam-se livres para comentar, criticar, apoiar. 
Mas ainda acho que disseminar o esclarecimento é o melhor. 
É o futuro no nosso Rio de Janeiro que está em jogo. 



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